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Área do pacienteÉ muito comum em meu consultório receber pacientes com medo no consumo de carboidratos. Infelizmente essa “carbofobia” é desenvolvida pelo não conhecimento das funções desse macronutriente na dieta e pelo falso entendimento que o carboidrato engorda. Seguindo esse medo, muitas pessoas acabam restringindo quase por total o consumo de carboidratos, ou também, deixando de consumi-lo conforme horários, o clássico: não como carboidratos depois das 18:00h. Importante antes de demonizar algum macronutriente, entender a real imporantancia e função dele, tanto para o resultado pretendido como para o funcionamento do organismo.
Os carboidratos são classificados de três formas: monossacarídeos (glicose, frutose e galactose), oligossacarídeos (sacarose, lactose e maltose) e polissacarídeos (amido e fibras). Além dessa classificação os carboidratos podem ser divididos em carboidratos simples (monossacarídeos e oligossacarídeos) e carboidratos complexos (polissacarídeos), o que ao contrário do que muitas pessoas pensam é diferente de índice glicêmico e carga glicêmica.
Falando em momentos nos quais considero “melhores horários” para estar se ofertando carboidratos na dieta, além do pós-treino, outro horário importante é aquela refeição quatro horas antes do exercício. Como visto acima, o glicogênio acaba sendo a principal reserva energética usada durante o exercício, porem ele é sintetizado em pelo menos quatro horas. Por isso a refeição chave para o exercício não é aquela feita uma a uma hora e meia antes do treinamento, e sim, aquela feita quatro horas antes do exercício.
Uma dúvida que pode estar surgindo agora é com aquele paciente que treina no primeiro horário da manhã, como fará esse consumo. Esse tipo de paciente, dependendo da estratégia utilizada na dieta e da resposta ao consumo de carboidratos, acaba tendo uma oferta desse macronutriente na sua última refeição do dia, na qual chamamos de ceia. Esse carboidrato vai ser de baixo índice glicêmico e modulado para que haja efetividade na sua função.
Temos na nutrição algumas diretrizes referente a quantidade de carboidratos a serem utilizadas conforme o exercício praticado. Pela minha prática essa resposta é muito individual, por isso as diretrizes norteiam um pouco, porém é necessário conhecer o paciente para saber a quantidade ideal a ser usada no plano alimentar.
Nutricionista Lucas Mallmann