Esse é um aspecto que vejo frequentemente alto na dieta da maioria das pessoas, principalmente as que visam a hipertrofia muscular. Pessoal, excesso de proteína não gera músculo, mas sim, acúmulo de gordura ou excreção da mesma. Cabe ressaltar também que excesso de proteína NÃO GERA PROBLEMAS RENAIS em pessoas saudáveis (isso já vem sendo comprovado em diversos estudos). E o que mais me surpreende não é apenas ver o excesso proteico em dietas, mas especialmente em dietas do público feminino que acredita ser necessário comer as mesmas quantidades de homens. Mulheres, o corpo de vocês é totalmente diferente do corpo masculino, desde a sua composição, estímulos que são atingidos, velocidade de recuperação, retenção, períodos menstruais até as funções hormonais que influenciam em praticamente tudo que acontece no nosso corpo. Uma dieta de 2g/kg de proteína já é considerada uma dieta hiperproteica e dependendo de cada caso, essa quantidade já basta.

Quando envolve uso de esteroides acredita-se que essa captação aumenta e o corpo consequentemente consegue utilizar mais proteína do que em seu estado normal, porém são dados empíricos, não há pesquisas que comprovem 100% essa informação. Músculo é gerado através de estímulos bem feitos, sinalização celular, descanso adequado e NUTRIÇÃO ADEQUADA, e quando falamos em nutrição estamos falando a respeito de TUDO (carboidrato, proteína, gordura, micronutrientes, água..) e não somente proteína.

Inclusive uma das estratégias usadas fora do Brasil por atletas é utilizar proteína baixa em período de ganho de massa muscular, pois a ingestão calórica já é bem alta e suficiente pra realizar síntese proteica e apenas aumentar a proteína em períodos de finalização de preparação, para assim, melhorar a sensibilidade proteica e sua melhor utilização pelo organismo.

Nutricionista Lucas Mallmann.