A vitamina D, por muitos (inclusive por mim), já não é considerada apenas uma vitamina, mas sim, um pró-hormônio. Isso ocorre devido às tantas funções e benefícios que a mesma acarreta no organismo se estiver em níveis adequados. Infelizmente a grande maioria das pessoas tem uma grande deficiência de vitamina D, visto que a sua maior sintetização é feita através dos raios ultravioleta (sol) e as pessoas não têm tempo para a exposição solar necessária.

A principal função da vitamina D diz respeito à regulação das concentrações de cálcio e fósforo. Além dos efeitos na concentração de cálcio e fósforo, o calcitriol (metabólito ativo da vitamina D) auxilia a regular a secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas com a síntese e a secreção de hormônios da tireoide, com a regulação da pressão arterial, entre outros benefícios.

Estudos vêm demonstrando efeitos benéficos da vitamina D associados ao câncer, pois o calcitriol (metabólito ativo da vitamina D) ajuda na regulação dos genes envolvidos na mutação de células normais em cancerígenas. A diabetes também é uma patologia que se beneficia dos efeitos positivos da vitamina D, pois a regulação do Cálcio auxilia a regular a secreção de insulina. No caso do diabetes tipo 1 (diabetes autoimune), a vitamina D auxilia na imunidade inata, com isso pode reduzir o processo de destruição autoimune que ocorre na doença. A obesidade (doença crônica não transmissível) é caracterizada por um processo inflamatório constante e baixas concentrações de vitamina D estimulam ainda mais a liberação de mediadores inflamatórios.

Esses são alguns dos diversos benefícios que a vitamina D pode acarretar no organismo. Sempre salientando que esses benefícios só são obtidos através de uma consulta nutricional com um nutricionista competente, que é quem vai poder avaliar o estado do paciente e fazer a melhor prescrição dietética e suplementar (se houver necessidade) para atingir resultados satisfatórios.

Nutricionista Lucas Mallmann.